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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Os cuidados com Raio X


O uso do Raio-X em hospitais, clínicas médicas e consultórios odontológicos
constitui o principal tipo de exposição da população a fontes artificiais
de radiação ionizante. A utilização dessas radiações representa um grande
avanço da medicina, entretanto requer que as práticas sejam efetuadas em
totais condições de segurança, devendo garantir proteção radiológica aos
pacientes, profissionais e ao público em geral.
No projeto e operação de equipamentos e de instalações deve-se, portanto,
minimizar a probabilidade de ocorrência de acidentes  exposições
potenciais , desenvolver os meios e implementar as ações necessárias para
reduzir a contribuição de erros humanos que levem à ocorrência de
exposições acidentais.
Os danos ao organismo humano causados pelo uso inadequado da técnica de
Raio-X podem ser irreversíveis. Os efeitos da radiação dependem da dose
recebida. Quando é localizada sobre determinado órgão, pode destruí-lo ou
lesá-lo.
A absorção através da pele é a mais comum e quando atinge todo o corpo, o
principal efeito é sobre o sangue e órgãos formadores de sangue. Está
comprovado que a exposição prolongada à radiação ionizante pode provocar
anemia, leucemia, câncer de pele, câncer ósseo, câncer de tireóide, entre
outros.
Com a expansão do uso das radiações ionizantes na Medicina e Odontologia no
país e diante dos riscos inerentes ao uso destas radiações, o Governo
Federal decidiu estabelecer normas específicas sobre o tema. O Ministério
da Saúde, através da Secretaria de Vigilância Sanitária, estabeleceu a
Portaria nº 453, de 1º de junho de 1998, que trata das diretrizes básicas
de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico e dispõe
sobre o uso dos Raios-X em todo o território nacional.
A Portaria determina que as práticas que dão origem a exposições
radiológicas na saúde sejam efetuadas em condições otimizadas de proteção,
segundo essa portaria "as instalações e as práticas devem ser planejadas,
implantadas e executadas de modo que a magnitude das doses individuais, o
número de pessoas expostas e a probabilidade de exposições acidentais sejam
tão baixas quanto razoavelmente exeqüíveis. Deve ser aplicada em dois
níveis, nos projetos e construções de equipamentos e instalações, e nos
procedimentos de trabalho". A Portaria diz ainda que as medidas devem ser
adotadas em todo território nacional e observadas pelas pessoas físicas e
jurídicas, de direito privado e público, envolvidas com a utilização dos
Raios-X diagnósticos. Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o licenciamento dos
estabelecimentos que empregam os Raios-X diagnósticos, assim como a
fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância
de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a
matéria. A inobservância dos requisitos deste Regulamento constitui
infração de natureza sanitária nos termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de
1977, ou outro instrumento legal que venha a substituí-la, sujeitando o
infrator ao processo e penalidades previstas, sem prejuízo das
responsabilidades civil e penal cabíveis.

Medidas de prevenção e controle adotadas com muito critério e correção
podem eliminar os riscos de qualquer fonte de radiação, chegando mesmo a
manter qualquer exposição abaixo dos níveis estabelecidos.
Além dos cuidados especiais com o manuseio dos equipamentos, o que requer a
utilização de sistemas de rádio-proteção, como luvas e óculos de vidro
plumbífero, hospitais e clínicas médicas e odontológicas que utilizam
Raio-X devem se preocupar também com as blindagens, ou seja, com as
barreiras feitas de materiais que sejam capazes de absorver radiações
ionizantes.
Para atender aos profissionais desta área, existem produtos ideais para
garantir a segurança dos pacientes e profissionais nos locais onde o Raio-X
é utilizado.
Um exemplo disso é a linha de painéis e portas com miolo de chumbo, metal
indispensável em trabalhos que manuseiem materiais radioativos. Ele oferece
segurança e conforto ao usuário, funcionando como barreira aos Raios-X. Os
produtos são recomendados para consultórios, clínicas e hospitais ou como
solução de isolamento acústico, devido à alta densidade do chumbo.
Além dessas peças, existem também as placas de gesso acartonado com chapa
de chumbo, aplicadas com adesivo PVA. Essas placas são compostas por um
miolo de gesso e aditivos, envolto por cartão especial. As principais
vantagens são praticidade na instalação, leveza, boa resistência mecânica,
eficiência no isolamento acústico e resistência ao fogo e à umidade.
Essas opções substituem, com desempenho superior, os produtos similares
encontrado no mercado, tais como a argamassa baritada, compensado com
chumbo e as divisórias artesanais com fórmicas e outros materiais.
Tanto os profissionais que fazem uso contínuo do Raio-X quanto os
fabricantes de produtos voltados diretamente para este segmento têm como
missão agir no sentido de impedir os sérios prejuízos à saúde que o uso
incorreto desta técnica pode provocar. É uma questão de saúde pública.

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